Método ABACC-Cristallini

Desenvolvimento do Método

Com o objetivo de cumprir com a missão da aplicação eficaz e efetiva das salvaguardas nucleares e dar garantias do uso exclusivamente pacífico da energia nuclear na Argentina e no Brasil, a ABACC, entre outras medidas, coleta amostras do hexafluoreto de urânio enriquecido nas plantas de enriquecimento para verificar, de forma independente, os inventários de material nuclear declarados pelos países.

A coleta das amostras do hexafluoreto de urânio pelo método tradicional utiliza ampolas com o hexafluoreto de urânio na forma gasosa. Isto cria uma série de dificuldades de transporte das amostras para os laboratórios.

A área de Apoio Técnico da ABACC, da qual participava o químico argentino Osvaldo Cristallini, desenvolveu, com o apoio de laboratórios e pesquisadores da Argentina e do Brasil, um método que apresentava uma série de vantagens sobre o método tradicional, o “Método ABACC-Cristallini”.

O Método ABACC-Cristallini tem como base a capacidade de adsorção do hexafluoreto de urânio pelas pastilhas de óxido de alumínio. As pastilhas impregnadas com o hexafluoreto de urânio são facilmente transportadas aos laboratórios para serem analisadas, mantendo a composição isotópica original do urânio.

Validação

Com os resultados comprovados, a ABACC pode garantir à Argentina, ao Brasil e a comunidade internacional que os dois países estão cumprindo com a missão de utilização exclusivamente pacífica da energia nuclear.

O Método ABACC-Cristallini é uma contribuição tangível da ABACC, e naturalmente dos países que a integram, para a aplicação eficiente das salvaguardas.

A ABACC está coordenando o processo de validação do Método ABACC-Cristallini, que conta com a participação de laboratórios da Argentina, do Brasil, dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Energia Atômica. Com essa validação o Método poderá ser usado pela ABACC, pela AIEA, por instalações que processam o hexafluoreto de urânio e outros órgãos de controle.

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